EXTRA ECCLESIAM NULLA SALUS

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A alegria do sacerdócio!

Lista aponta quais são as dez profissões mais felizes e as dez mais infelizes

Da Redação
  • Clérigos encabeçam a lista dos mais felizes
    Clérigos encabeçam a lista dos mais felizes

O site da revista Forbes divulgou uma lista das dez profissões que mais contam com pessoas felizes e das dez carreiras que tornam os seus profissionais pessoas infelizes. O ranking é resultado de uma pesquisa realizada pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.

Um dado que surpreende é que a lista das carreiras que proporcionam menos alegrias está recheada de cargos de grande reconhecimento e bons salários; diferentemente da lista dos mais felizes, cuja remuneração não atinge patamares tão altos.

Os clérigos, por exemplo, ocupam o primeiro posto da lista dos mais felizes.

Veja abaixo a lista completa:
MAIS FELIZESMAIS INFELIZES
ClérigosDiretor de tecnologia da informação
BombeirosDiretor de Vendas e Marketing
FisioterapeutasGerente de Produto
EscritoresDesenvolvedor Web Sênior
Professores de educação especialEspecialista Técnico
ProfessoresTécnico em Eletrônica
ArtistasAssistente judicial
PsicólogosAnalista de Suporte Técnico
Vendedores de serviços financeirosOperador de CNC
(Controle Numérico Computadorizado)
Engenheiros de operaçãoGerente de marketing

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dom Odilo Scherer: “Advento e Natal cristão em família”

O  Cardeal–Arcebispo Dom Odilo Scherer acaba de divulgar, por meio de folhetos distribuídos em todas as paróquias de São Paulo, excelentes instruções para a preparação do Natal. Desejando partilhar com nossos leitores em todo o país as recomendações da Archidioecesis Sancti Pauli in Brasilia, transcrevemos abaixo alguns dos pontos importantes.

Na Instrução, intitulada Advento e Natal cristão em família, Dom Odilo ensina que:
                “O Natal celebra na fé o fato mais extraordinário já acontecido entre nós: o Filho de Deus se fez homem por meio da Virgem Maria, para santificar este mundo e nossas pessoas mediante o Mistério da sua admirável Encarnação. Nosso Deus é “Emanuel”, Deus conosco”.

E recomenda como preparação e celebração do Natal, durante o Advento:
               
“- participar da Missa com freqüência, sobretudo cada domingo;
- celebrar em família a Novena do Natal;
- preparar um presépio em casa, com as figuras do Natal, conforme Lc. 2,6-20 e Mt. 2,1-12, mas ainda sem o Menino Jesus;
- quem tem comércio, preparar também um presépio cristão em sua loja ou estabelecimento de trabalho;
- os pais falem aos filhos sobre o Natal cristão e seus simbolismos. Não deixem escapar esta bela ocasião para uma catequese, nem permitam que Papai Noel tome o lugar de Jesus no Natal;
- fazer uma boa Confissão antes do Natal. Informar-se sobre os horários de Confissão em sua paróquia/igreja;
- participar de ações de solidariedade neste tempo: Natal é notícia boa para todos, mas especialmente para quem sofre;”
 Para todos os dias do Advento, a oração indicada é o belíssimo Angelus, ou Anjo do Senhor, com conclusões diferentes para cada semana:
                1ª Semana do Advento
Ó Deus todo-poderoso, concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o reino celeste, para que, acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.
                 2ª Semana do Advento
Ó Deus todo-poderoso e cheio de misericórdia, nós vos pedimos que nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro do vosso Filho, mas, instruídos pela vossa sabedoria, participemos da plenitude de sua vida. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

                3ª Semana do Advento
Ó Deus de bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o Natal do Senhor, dai chegarmos às alegrias da salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene liturgia. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

                4ª Semana do Advento
Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à gloria da ressurreição. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.
 Na noite de Natal, a sugestão é um pequeno ritual em família, cheio da graça suave e íntima do Nascimento do Senhor:
  “- Na noite do Natal, antes da festa em família, reunir todos perto do presépio, ou no lugar preparado para acolher o Menino Jesus;
  – Acender uma vela;
 - Enquanto se canta um hino de Natal, uma criança ou uma jovem introduz a imagem do Menino Jesus e a coloca no presépio;
 - Ler o Evangelho do nascimento de Jesus (Lc 2,1-20);
 - Em seguida, todos recitam a oração do Angelus, como nos dias da preparação, durante o Advento;
 - Concluir a celebração com a seguinte oração, feita por todos:
                Oremos: Senhor Deus, nosso Pai, que enviastes vosso Filho ao mundo para ser nosso Salvador, nós vos louvamos e glorificamos pela vossa misericórdia. Neste Natal, acolhemos mais uma vez a sua vinda entre nós. Abençoai a nós e a todas as famílias; dai a paz ao mundo, consolai os que sofrem, reavivai nossa esperança e fazei de nós mensageiros e testemunhas do vosso amor para nossos irmãos. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor.
Amém.
                Canto finalNoite feliz.
A conclusão do folheto recorda que o dia de Natal e o 1º de janeiro são dias santos de guarda, com assistência à Missa, além de ocasião para partilhar a alegria da família com os pobres e os doentes.
Dom Odilo saúda e invoca as bênçãos de Deus  sobre todos os fiéis, juntamente com seus bispos auxiliares (que assinam com ele esta instrução), e os Arcebispos eméritos, os Cardeais Dom Paulo e Dom Cláudio.
Uma santa unanimidade!

domingo, 27 de novembro de 2011

Cantemos Aleluia ao bom Deus que nos livra do mal



Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo (Sermo 256,1.2.3:PL 38,1191-1193) (Séc.V)

Cantemos Aleluia ao bom Deus que nos livra do mal

Aqui embaixo, cantemos o Aleluia, ainda apreensivos, para podermos cantá-lo lá em cima, tranqüilos. Por que apreensivos aqui? Não queres que eu esteja apreensivo, se leio: Não é acaso uma tentação a vida humana sobre a terra? (Jó 7,1). Não queres que fique apreensivo, se me dizem outra vez: Vigiai e orai para não cairdes em tentação? (cf. Mt 26,41). Não queres que esteja apreensivo onde são tantas as tentações, a ponto de a própria oração nos ordenar: Perdoai nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores? (Mt 6,12). Pedintes cotidianos, devedores cotidianos.

Queres que esteja seguro quando todos os dias peço indulgência para os pecados, auxílio nos perigos? Tendo dito por causa das culpas passadas: Perdoai nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores, imediatamente acrescento por causa dos futuros perigos: Não nos deixeis entrar em tentação (Mt 6,13). Como pode estar no bem o povo que clama comigo: Livrai-nos do mal? (Mt 6,13). E, no entanto, irmãos, mesmo neste mal, cantemos o Aleluia ao Deus bom que nos livra do mal.

Ainda aqui, no meio de perigos, de tentações, por outros e por nós seja cantado o Aleluia. Pois Deus é fiel e não permitirá serdes tentados além do que podeis (1Cor 10,13). Portanto cantemos também aqui o Aleluia. O homem ainda é réu, mas fiel é Deus. Não disse: Não permitirá serdes tentados, mas: Não permitirá serdes tentados além do que podeis, mas fará que com a tentação haja uma saída para poderdes agüentar (1Cor 10,13). Entraste em tentação; mas Deus dará uma saída para não pereceres na tentação; para, então, à semelhança de um pote de barro, seres plasmado pela pregação, queimado pela tribulação. Todavia, ao entrares, pensa na saída; porque Deus é fiel: guardará o Senhor tua entrada e tua saída (Sl 120,7-8).

Contudo, só quando esse corpo se tornar imortal e incorruptível, então terá desaparecido toda tentação; porque na verdade o corpo morreu; por que morreu? Por causa do pecado. Mas o espírito é vida; por quê? Por causa da justiça (Rm 8,10). Largaremos então o corpo morto? Não; escuta: Se o Espírito daquele que ressuscitou a Cristo habita em vós, aquele que ressuscitou dos mortos a Cristo vivificará também vossos corpos mortais (Rm 8,10-11). Agora, portanto, corpo animal; depois, corpo espiritual.

Como será feliz lá o Aleluia! Quanta segurança! nada de adverso! onde ninguém será inimigo, não morre nenhum amigo. Lá, louvores a Deus; aqui, louvores a Deus. Mas aqui apreensivos; lá, tranqüilos. Aqui, dos que hão de morrer; lá, dos que para sempre hão de viver. Aqui, na esperança; lá, na bem-aventurança. Aqui, no caminho; lá, na pátria.

Cantemos, portanto, agora, meus irmãos, não por deleite do repouso, mas para alívio do trabalho. Como costuma cantar o caminhante: canta mas segue adiante; alivia o trabalho cantando. Abandona, pois, a preguiça. Canta e caminha. Que é isto, caminha? Vai em frente, adianta-te no bem. Segundo o Apóstolo, há quem progrida no mal. Tu, se progrides, caminhas. Mas progride no bem, progride na fé, sem desvios, progride na vida santa. Canta e caminha.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Verdade 1 X 0 Marxismo

É...seria interessante se os autores dos livros de história do Brasil tivessem a boa vontade de serem menos parciais e deixassem de transformar elementos subversivos em mártires. Afinal, será que tudo isso que nos contaram, sobre torturas e repressão brutal, é verdade mesmo? Parece que não...

A propósito, ponho-me resolutamente contra a ditadura militar, embora reconheça que ela tenha sido um mal necessário para evitar uma degradação pior ainda do Brasil na mão dos êmulos de Lênin e Marx. É o que se acontece quando se quer tirar do Deus mundo em nome de uma pretensa "liberdade".

William Bottazzini


domingo, 5 de junho de 2011

A verdade: eu menti.

Eu, de minha parte, vou dar uma contribuição à Comissão da Verdade, e contar tudo: eu era uma subversivazinha medíocre e, tão logo fui aliciada, já 'caí' (jargão entre militantes para quem foi preso), com as mãos cheias de material comprometedor. 


Despreparada e 'festiva', eu não tivera nem o cuidado de esconder os exemplares d'A Classe Operária, o jornal da organização clandestina a que eu pertencia (a AP-ML, ala vermelha maoísta do PC do B, que fazia a Guerrilha do Araguaia, no Pará). Eles estavam enfiados no meio dos meus livros numa estante, daquelas improvisadas, de tijolos e tábuas, que existiam em todas as repúblicas de estudantes, em Brasília naquele ano de 1973. 


Já relatei o que eu fazia como militante http://bit.ly/vNUwyb. Quase nada. A minha verdadeira ação revolucionária foi outra, esta sim, competente, profícua, sistemática: MENTI DESCARADAMENTE DURANTE 30 ANOS! 

Repeti e escrevi a mentira de que eu tinha tomado choques elétricos (por pudor, limitei-me a dizer que foram poucos, é verdade), que me interrogaram com luzes fortes, que me ameaçaram de estupro quando voltava à noite dos interrogatórios no DOI-CODI para o PIC (eu ouvia conversas maliciosas e tolas dos agentes) e que eu ficavam ouvindo "gritos assombrosos" de outros presos sendo torturados (aconteceu uma única vez, por um curto período de tempo: ouvi gritos e alguém me disse que era minha irmã sendo torturada. Os gritos cessaram - achei, depois, que fosse gravação - e minha irmã, que também tinha sido presa, não teve um único fio de cabelo tocado). 


Eu também menti dizendo que meus 'algozes', diversas vezes, se divertiam jogando-me escada abaixo, e, quando eu achava que ia rolar pelos degraus, alguém me amparava (inventei um 'trauma de escadas", imagina). A verdade: certa vez, ao descer as escadas até a garagem no subsolo do Ministério do Exército, na Esplanada dos Ministérios, onde éramos interrogados, alguém me desequilibrou e outro me segurou, antes que eu caísse. 


Quanto aos socos e empurrões de que eu fui alvo durante os dias de prisão, não houve violência que chegasse a machucar; nada mais que um gesto irritado de qualquer dos 'inquisidores'; afinal, eu os levava à loucura, com meu 'enrolation'. Sou rápida no raciocínio, sei manipular as palavras, domino a arte de florear o discurso. Um deles repetia sempre: "Você é muito inteligente. Já contou o pré-primário. Agora, senta e escreve o resto". 

Quem, durante todos estes anos, tenha me ouvido relatar aqueles dias em que estive presa, tinha o dever de carimbar a minha testa com a marca de "vítima da repressão". A impressão, pelo relato, é de que aquilo deve ter sido um calvário tão doloroso que valeria uma nota preta hoje, os beneficiados com as indenizações da Comissão da Anistia sabem do que eu estou falando. Havia, sim, ameaças, gritos, interrogatórios intermináveis e, principalmente, muito medo (meu, claro).

Ma va! Torturada?! Eu?! As palmadas que dei em meus filhos podem ser consideradas 'tortura inumana' se comparadas ao que (não) sofri nas mãos dos agentes do DOI-CODI. 

Que teve gente que padeceu, é claro que teve. Mas alguém acha que todos nós que saíamos da cadeia contando que tínhamos sido 'barbaramente torturados' falávamos a verdade? 

Não, não é verdade. Noventa e nove por cento das 'barbaridades e torturas' eram pura mentira! Por Deus, nós sabemos disto! Ninguém apresentava a marca de um beliscão no corpo. Éramos 'barbaramente torturados' e ninguém tinha uma única mancha roxa para mostrar! Sei, técnica de torturadores. Não, técnica de 'torturado', ou seja, mentira. Mário Lago, comunista até a morte, ensinava: "quando sair da cadeia, diga que foi torturado. Sempre." 

A pior coisa que podia nos acontecer naqueles "anos de chumbo" era não ser preso. Como assim todo mundo ia preso e nós não? Ser preso dava currículo, demonstrava que éramos da pesada, revolucionários perigosos, ameaça ao regime, comunistas de verdade! Sair dizendo que tínhamos apanhado, então! Mártires, heróis, cabras bons.

Vaidade e mau-caratismo puros, só isto. Nós saíamos com a aura de hérois e a ditadura com a marca da violência e arbítrio. Era mentira? Era, mas, para um revolucionário comunista, a verdade é um conceito burguês, Lênin já tinha nos ensinado o que fazer. 

E o que era melhor: dizer que tínhamos sido torturados escondia as patifarias e 'amarelões' que nos acometiam quando ficávamos cara a cara com os "ômi". Com esta raia miúda que nós éramos, não precisava bater. Era só ameaçar, a gente abria o bico rapidinho. 

Quando um dia, durante um interrogatório, perguntaram-me se eu queria conhecer a 'marieta', pensei que fosse uma torturadora braba. Mas era choque elétrico (parece que 'marieta' era uma corruptela de 'maritaca', nome que se dava à maquininha usada para dar choque elétrico). Eu não a quis conhecer. Abri o bico, de novo. 

Relembrar estes fatos está sendo frutífero. Criei coragem e comecei a ler um livro que tenho desde 2009 (é mais um que eu ainda não tinha lido): "A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça", escrito pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ulstra. Editora Ser, publicado em 2007. Serão quase 600 páginas de 'verdade sufocada"? Vou conferir.